Tirantes são dispositivos utilizados para sustentação de paredes, contenção de taludes e ancoragem de lajes para combater sub-pressões de água. São compostos por elementos capazes de transmitir esforços de tração da superficie ao interior do maciço, e aplicáveis em regiões de terrenos resistentes,através do bulbo de ancoragem. Os Tirantes podem ser: provisórios, com prazo previsto de utilização inferior a dois anos (a partir da sua instalação) e permanente, com prazo de utilização superior a dois anos.
A instalação dos tirantes é realizada através de quatro estapas, sendo perfuração,montagem e instalação, injeção e protensão. A montagem dos tirantes é feita em uma bancada especial onde será cortado as cordoalhas no  comprimento definido em projeto e será feito primeiramente o tratamento anticorrosivo (cordoalha ou monobarra). As cordoalhas são montadas com o auxílio de espaçadores definidos. A estrutura do tirante é formada de um tubo de PVC, cujo trecho ancorado é coberto por um anel de borracha (válvula manchete) a cada 0,50 m, por onde será injetada sobre pressão controlada, calda de cimento para a formação do bulbo de ancoragem. No trecho livre, o aço é envolvido com graxa anticorrosiva e embutido em tubos plásticos (espaguetes) para que haja o deslocamento elástico na protensão.
A perfuração em solo é realizada com sonda rotativa, utilizando revestimento contínuo, cuja ponta possui uma coroa com pastilhas de wídia, ou haste contínua com tricone na ponta, sempre com auxílio de um fluido em circulação (água). Caso ocorra o aparecimento de matacões, a perfuração poderá ser feita de duas formas: perfuração com broca de wídea, considerando que este tipo de broca tem condições de perfurar matacões de rocha alterada com dimensões que vão girar junto com o tubo; ou perfuração com roto-percussão, sendo que este tipo de perfuração é feito com ar comprimido e o diâmetro máximo da perfuração depende das características dos equipamentos disponíveis. A inclinação, diâmetro e comprimento (livre e ancorado) devem constar no projeto.

Os Estacões como popularmente são chamados são estruturas de fundação realizadas “in-situ”, em todo o seu processo de execução. Habitualmente realizadas com rapidez em solos e areias sem presença de matacões, com diâmetros variando de 700 a 2500 mm e profundidades de até 70 metros.
Basicamente o processo todo consiste nas etapas de perfuração (com ou sem fluido estabilizante), instalação da armadura e a concretagem.
Sua utilização tem se difundido  amplamente devido a sua execução fácil e ágil e sua adaptação a diversos tipos de terrenos.
Em perfurações com lâmina d’água, no caso de obras marítimas e portuárias, faz-se uso de camisas metálicas cravadas no solo através de martelo vibratório. Tais camisas metálicas geralmente são perdidas, mas podem ser recuperadas em função do projeto em questão.
Dividida em etapas  temos;
A perfuração é realizada com auxílio de caçambas, responsáveis por retirar e perfurar o terreno do furo, estas conectadas na haste tipo Kelly. Tal haste faz telescopagens em seu conjunto até atingirmos a cota prevista de projeto.
Uma vez atingida à cota ou profundidade desejada, serão feitos os controles da qualidade da lama para prosseguirmos os trabalhos de colocação da armadura e concretagem.
Em seguida realizamos a instalação da armadura com auxílio de um guindaste e/ou o guincho auxiliar da perfuratriz.
Instala-se o conjunto composto de um funil e tubos rosqueados, denominados “tubos tremie”, que serão utilizados a conduzir o concreto da estaca até próximo a sua cota de ponta. A fim de garantir que todo fluido estabilizante suba juntamente com o concreto.